CLARISSE
SETEMBRO, 2020
CLARISSE

Bilhete de identidade

Clarisse. Misto de super tecnológica com apaixonada pelo cinema clássico. Fã de Audrey Hepburn, adora filmes a preto e branco. Faz ballet, a banda sonora dos seus dias é música eletrónica, passa horas agarrada a jogos de computador e a planear a próxima viagem a Berlim. Usa óculos de sol dentro de sítios fechados, chinelos de quarto na rua e tem uma atitude super cool mas bordada a uma elegância extrema.

A nova coleção cápsula parte da estaca de sempre: as mulheres. As suas multiplicidades de papéis, as suas camadas de emoções, as suas vulnerabilidades e as suas forças, a resiliência da feminilidade e a liberdade de ser quem escolhem ser. Clarisse representa tudo aquilo que torna cada uma única, as excentricidades e a coragem de assumir as contrariedades que formam a espinha dorsal da personalidade. Clarisse ri-se de si mesma, na mesma medida em que se leva a sério. Ela tem uma inocência altiva desarmante e uma espontaneidade que nos faz seguir-lhe as pisadas, porque nunca sabemos qual o destino mas sabemos que falará de um lugar de honestidade.

Numa altura em que o mundo se voltou a fechar sobre si mesmo e nos deu oportunidade de ouvirmos o que somos e sentimos, os espaços recônditos do caráter emergiram. Ao mesmo tempo que se acalmaram frugalidades, uma inquietação fez-nos aproveitar cada segundo do que ainda há por viver. A situação que vivemos atualmente nunca poderá ser desassociada do processo criativo e da produção de moda, e é por isso que Clarisse nasce dentro de um timing que só poderia ser o seu. O nosso. Depois da tempestada, a calma, a bonança, a tela em branco. É por isso que Clarisse parte de uma paleta de cores que assenta em extremos opostos, o preto e o branco. “A Clarisse_ representa uma coleção com cores mais neutras, com maior clareza, mais minimalista, que para mim está relacionada com a intenção da intemporalidade. Tal como existem personagens que ficam eternizadas na História, quisemos passar essa mesma resistência para a roupa”, explica Vera Fernandes.

As silhuetas seguem a linguagem habitual Buzina, mas introduzindo novas sílabas, consoantes e construções frásicas. Através dos tecidos com que está habituada a criar, como os mikados e tafetás, Vera Fernandes imprimiu a dose certa de dramatismo às 21 peças que compõem a coleção, desdobrando-a em elementos novos como a gola que serve também de casaco e um corpete que acentuam o corpo. As camisas e vestidos oversized também vestem Clarisse com o melhor do ADN Buzina.

A campanha
Partindo do ícone de atitude máximo de Clarisse, Audrey Hepburn, a campanha da nova coleção cápsula passa-se no cenário de um estúdio de ballet onde roupas e atitude conseguem dançar em plena sintonia. Tal como uma bailarina equilibra as normas e técnica do ballet com aquilo que tem de especial e espontâneo, também Clarisse encara a câmara com frontalidade e naturalidade, ingenuidade e altivez, em pose e sem querer saber. O seu olhar é vazio, ao mesmo tempo que lhe passam pela cabeça todas as ideias do mundo e o seu corpo em constante movimento sem limites é a personificação perfeita de onde as roupas Buzina querem levar as suas mulheres: até onde elas quiserem.

Direção Criativa & Styling: Tânia Dioespirro
Fotografia: Carlos Teixeira
Vídeo: Gustavo Imigrante
Hair & Makeup: Xana Lopes
Clarisse: Isabella (Central Models)
Styling Assistant: Cris Laborim
Shot at: Ginasiano