MATÉRIA ORGÂNICA: UMA ODE ÁQUILO QUE SOMOS FEITOS
A vida não é linear, não controlamos nem advínhamos, mas podemos reajustar-nos, podemos reinventar-nos. A Buzina cresceu assim, de um ponto pequenino, e de dentro para fora, de Joanes para o Mundo. Chegou a Lisboa e gritou ao que vinha, sem medo de se fazer ouvir e com vontade de crescer. Conquistou a ModaLx e está pronta para se atirar além-fronteiras, Não se esquece de onde vem e com quem vem e com quem está. A fórmula de sucesso reside na persistência e no trabalho, na capacidade de não desistir e de dar a volta às adversidades não numa perspetiva de sacrifício mas sim de esperança e vontade.
É disto que trata a coleção Planar, não de uma novidade em termos de tecidos nem peças nem mesmo em cortes, é um reminder do que é o essencial, daquilo que somos feitos, do que nos constrói e do que passamos para fora. A Buzina é uma das muitas formas de expressão, que neste momento nos que dizer que resiliência é uma das melhores características que podemos explorar. Pegar no que temos e no que somos e transformar em novo. Assim será, o talento, o traço, o cunho da marca portuguesa e juntar os tecidos com que costuma trabalhar, sobras ou aqueles que estavam guardados para o molde ideal, e lança-los cá para fora. Numa coleção que é matéria prima apenas, as mãos das modeladoras, as técnicas das costureiras a qualidade dos fornecedores, que contam a história da marca e quando e de quem a veste. Sem modelos, campanhas nem fotógrafos, nem encomendas de novos tecidos, o objetivo é baixar os custos para diminuir os preços de venda.
Uma coleção feita à medida do que vivemos, sem floreados e orgânica. O verbo Planar assume-se a forma como estamos, como passamos o momento sem que isso signifique que nada possamos fazer. Mais do que uma marca a Buzina traduz formas de estar.